Canil da Riviera ganha mais dois filhotes

Canil da Riviera ganha mais dois filhotes

Bebês Thor e Bronx, de 4 e 8 meses, são da raça pastor belga-malinois. Treinamento começou a partir dos 45 dias de vida.

O canil da Riviera de São Lourenço está com dois novos filhotes que futuramente irão reforçar a segurança do bairro planejado em Bertioga. Os cães já estão sendo treinados para acompanhar seus condutores durante as patrulhas.

Os bebês Thor e Bronx, de 4 e 8 meses, são da raça pastor belga-malinois, que predomina no canil. São cães de guarda conhecidos pela inteligência, resistência, agilidade e pela pelagem adequada para sua função. Dois pastores capa-preta e um rottweiler completam a matilha.

A preparação dos cães de guarda começa cedo. A partir dos 45 dias, os pequenos começaram o treinamento. A obediência adquire uma importância vital para esses animais. É preciso que eles se familiarizem com ambientes diversos, sons e ruídos, além de ter início o preparo físico.

Os cachorros sempre chamam a atenção durante os patrulhamentos na Riviera e são treinados para obedecer aos seus respectivos condutores. Embora sejam treinados para sociabilizar com os frequentadores da Riviera, os condutores sempre ficam em alerta.

Os animais entendem que dentro da viatura é uma área inviolável, que eles precisam proteger. Por isso, é um momento em que são especialmente perigosos. Movimentos bruscos de estranhos podem provocar alguma reação indesejada da parte dos cães.

Ellvis Rodrigues Noronha, condutor do Sudan, um pastor belga-malinois, conta que as crianças não resistem e se aproximam para brincar.

“Eles ficam doidos com o cachorro, querem brincar. Dá aquele ciúme no condutor, mas também muita apreensão, porque sempre tememos movimentos bruscos por parte de quem brinca com eles provoque alguma reação”, conta.

As viaturas sempre tem água e comida para os animais. Durante o expediente de trabalho são feitas pausas e os animais ganham folga junto com o seu condutor.

Segundo Noronha, o cão encara as rondas como uma espécie de passeio. Quando volta para o canil, passa um tempo brincando com o seu condutor como uma forma de recompensa pelo seu trabalho.

“Nesse momento, a gente traz para a interação o que eles mais gostam. O Sudan, por exemplo, adora bolinhas. Ele é como um filho para mim. Quando estou em casa, eu fico pensando nele”, conta.

Hidromassagem, piscina
Quando o condutor está de folga ou fora do horário de expediente, o cão fica aos cuidados do tratador Livanildo Pereira de Sousa, de 37 anos. “Estou no canil há 8 anos. Eu adoro o meu trabalho. Desde criança que eu gosto de cachorro, eu vim trabalhar no lugar certo”.

O tratador conta que leva os animais para o banho de sol e para se exercitar na piscina. “Acabo criando um elo muito forte com os cães. Eles reconhecem de longe até o barulho da moto do condutor. Quando o condutor se aproxima, o cachorro já fica agitado, porque sabe que vai passear”.

Além da piscina e da banheira de hidromassagem, os cães têm espaço para se exercitar. São tomados todos os cuidados para a manutenção da saúde e do bem estar dos animais, que recebem a visita do veterinário duas vezes por mês.

Treinamento contínuo
Engana-se quem pensa que o treinamento se encerra tão logo os animais aprendem alguns comandos. Existe um processo contínuo de aperfeiçoamento e de treinamento físico caso o animal precise entrar em ação. Os cachorros participam de exercícios simulados e, antes da pandemia, chegaram a ganhar o primeiro lugar de um concurso realizado em Campinas.

Sudan, por exemplo, impressiona pela agilidade. Ele recebe ordens em francês, mas, como os outros animais do canil, é treinado para observar continuamente a expressão e os gestos de Noronha. Embora dois seguranças estejam sempre na viatura, Sudan recebe apenas as ordens de Noronha.
Segurança
Sidney Camilo, gerente de segurança da Riviera, conta que o canil, mantido pela Associação dos Amigos, tem todas as autorizações das autoridades competentes e segue as melhores práticas para sua atividade. A guarda com cães substituiu a segurança feita com cavalos.

“A utilização dos cães tem como objetivo a salvaguarda do patrimônio e da integridade das pessoas. Nesses 12 anos, o resultado tem sido mais do que positivo, porque a presença dos cães acaba inibindo ações de pessoas mal-intencionadas e assim evita a necessidade de se fazer o uso da força”, afirma Camilo.

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